Viviane Bandeira

Viviane Bandeira

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

A experiência única de ser mãe...


Estávamos no mês de maio de 2005 e minha menstruação estava com seis dia de atraso, decidi comprar um teste de gravidez na farmácia, sem que meu esposo soubesse. Quando o dia amanheceu, por volta de 5hs da manhã, me dirigi até ao banheiro e lá estavam duas linhas cor de rosa naquela pequena fita. Eu não sabia se chorava, se ria, se gritava, mas não podia gritar, afinal era só um teste de farmácia. Fui trabalhar e lá no hospital fiz um Beta Hcg, e adivinha!!! POSITIVO!!! Redigi uma carta, quero dizer... Redigimos (eu e o bebê) para contarmos a novidade ao papai. Chegando a casa coloquei a carta na caixa do correio e pedi para meu esposo ir ver se não havia chegado nenhum documento. Quando ele começou a ler a carta, começou a chorar e caiu no chão de joelhos e choramos juntos de tanta felicidade! E os dias foram passando, foram os meses mais longos que já vi... Eu queria ver logo aquele rostinho, menino ou menina? Na verdade tudo que eu pedia a Deus era que viesse com muita saúde. Passava o dia no trabalho e quando chegava a casa tomava um bom banho e me deitava para assistir televisão. A minha barriga parecia dançar sob o ritmo das luzes da TV e curtíamos...

O grande dia chegou... 21 de dezembro de 2005 por volta de 14h ele nasceu aos gritos... Nós três chorávamos muito! Nós dois de alegria, ele de frio, medo, não sei. A minha ansiedade era olhar para ele, mesmo ainda em mesa de cirurgia me retorcia para poder ver se ele era completo (braços, pernas, nariz, boca, olhos, dedos...).

Chegamos ao quarto e todos estavam lá nos aguardando cheios de alegria... Fomos pra casa e agora ele era meu, meu filhinho... Ele chorava, chorava muito... e eu também. Descobri que ele não era de brinquedo, eu não tinha como controlar o horário dele pra dormir, pra fazer cocô, de mamar... E agora...??? Dia e noite, noite e dia... mama, chora (eu, ele e até o papai por uma vez), dorme, deita, levanta, banho, fralda, cocô, xixi, fome???, sono???, cólica????????????... Meu Deus, ninguém tinha me dito que era assim, ou talvez até tenham dito, mas a gente só sabe depois que é mãe, afinal: "Quando nasce um bebê, nasce uma mãe".

Fomos nos acostumando um com o outro e fomos nos amando cada vez mais, fui entendendo suas necessidades e ele descobrindo que eu era seu apoio. Trocas de olhares, carinhos, cheiros, abraços, cuidados, e ele foi crescendo e começou a interagir conosco. Sorrisos, viradas na cama, os pés na boca, as mãos, sentou, os dentinhos, engatinhou e aos nove meses andou, caiu, levantou, comeu comidinha de gente grande, fez 1 aninho... Cada momento é ímpar, é como se só existisse ele, tudo que ele faz é muito especial.

Queremos adoecer no lugar dele, sofremos ao ter que dizer um não, temos que lhe dar limites por amor. Às vezes não sabemos se estamos educando corretamente, se está faltando alguma coisa, ou se estamos exagerando em outras. A disciplina, o amor a Deus, o ABC, 1,2,3..., juntar brinquedos, abençoa papai, mamãe, vovó, vovô, titios..., por favor, obrigado, com licença, desculpa, salvar o planeta Terra, plantar uma árvore, fazer coleta seletiva do lixo, andar com sinto de segurança, escovar os dentes, banho, o chinelo...ufa...

Primeiro dia na escola para nós foi muito marcante, pois ele não queria ficar lá. Ou éramos nós que não queríamos que ele ficasse...? Foi nossa segunda "separação". A primeira foi quando voltei a trabalhar, chorei... E agora estava sendo esta. Fui ao primeiro dia, mas não pude ir aos outros. Passaram-se 20 dias e ele não se adaptou. Chorávamos os três, novamente. Tivemos que trocá-lo de escola, e nesta fomos trabalhados (papai e mamãe), e na verdade acabei descobrindo que nós tínhamos que nos sentir seguros para passarmos segurança para ele e com uma semana ele ficou só.

Hoje ele tem 4 anos e 4 meses e é tudo na minha vida, é como se um pedaço de mim tivesse se transformado em um outro ser que eu consigo amar mais do que mim mesma. Hoje ele ama ir a Escola, brincar com os amigos, pular no pula-pula, piscina de bolinha, e até já fala em namoradinha. É muito gostoso vê-lo crescer, vê-lo falar coisas que nem imaginamos que ele sabe falar, corrigi-lo ao ouvir cantar músicas impróprias aprendidas na escola, vê-lo amar seu pai até me dá ciúme, por algumas vezes... Muitas vezes eu digo assim: - Olho no olho filho: EU TE AMOOOOOOOOOO (Dizemos juntos)! O cheiro do seu suor depois de umas duas horas correndo é muito gostoso.

Admirá-lo dormindo não tem preço. Oro enquanto ele dorme, clamo a Deus por saúde, segurança, sabedoria, responsabilidade, temor, amor e serviço a Deus. Peço a Ele pela sua família, para que ele tenha uma esposa e filhos maravilhosos, que ele seja estudioso, que tenha um bom emprego, que ele seja muuuuuio feliz sempre! É muito bom quando nós três estamos juntos na mesa para o almoço, ou antes de dormir, e vamos orar. Segundo a regra que ele impõe, um ora de cada vez e os outros repetem e é um momento muito prazeroso.

O mais interessante é que quando somos mães/pais nos damos conta do verdadeiro amor de nossas mães/pais para conosco. Até chegamos a agradecer por algumas palmadas. A forma como eles nos educaram fica entranhada em nós e por várias vezes nos pegamos fazendo, com nossos filhos, as mesmas coisas que eles faziam conosco por amor; seja um carinho ou mesmo uma advertência.



Então, deixo aqui o meu amor expresso a minha melhor mãe do mundo: Maryan Bandeira
Muito obrigada ao meu querido filho Davi Filho que tem me permitido aprender a ser mãe.
E em especial, quero desejar um feliz dia das mães à minha querida avó Iracema que já partiu; caraca..., pense numa mãe do mundo... À minha sogra Jane, sempre tão presente, minha tia Kátia que pegou muito no meu pé e a você Jackie Kauffman que mais do que nunca tem sido super, hiper mãe!
PARABÉNS A NÓS, MÃES E AOS NOSSOS FILHOS E ESPOSOS QUE NOS PERMITIRAM ISSO... SER MÃE!!!